Descrição
A 12km da cidade de Bonga, na Etiópia, fica a fazenda Habtamu. O proprietário que lhe deu o nome, juntamente com o experiente agrónomo Mabratu, gere os 97 hectares de terreno, dos quais 90 são usados para plantar café desde 2006. Ambos prestam especial atenção e cuidado à preservação da floresta que rodeia os cafeeiros. Esta é rica em espécies ancestrais que proporcionam as condições ideais ao crescimento do café. As folhas de Wanza, quando caem e se degradam, formam um ótimo composto natural. A madeira pode
ser utilizada para fazer mobília, providenciando mais uma fonte de rendimento. As folhas de Bisana também criam composto e o topo das árvores Sasa forma a sombra de que as cerejas do café precisam para amadurecerem de forma gradual e sem pressas.
O ecossistema é protegido e os solos preservados através da utilização de métodos de cultivo tradicionais que os mantêm férteis e ricos em nutrientes. É um verdadeiro trabalho de equipa entre homem e natureza para produzir café de alta qualidade.
Na época da colheita, a fazenda enche-se de vida com mais de 180 pessoas que colhem o café manualmente e trabalham em todo o seu processamento e armazenamento. Este café é lavado e colocado a secar em camas africanas. Por estarem elevadas do chão, permitem
que o café respire e seque de forma homogénea. A estação de lavagem, que dá o nome a este café, situa-se em Matapa Michiti.
Para além do café, Habtamu produz gengibre, chá e bananas. Espalhadas pela fazenda há também 45 colmeias que enriquecem ainda mais este sistema agroflorestal.
Quando provar este café da floresta vai sentir aromas florais e notas de mel ligeiramente picantes.
Para descrever melhor o café pedimos ajuda ao nosso querido Jhon Douglas, multiartista Brasileiro a residir em Lisboa, que nos ajudasse a transpor visualmente as notas e emoções deste café. Sigam-no no Spotify também!